Especialistas explicam como viagens frequentes de avião podem aumentar risco de câncer

Especialistas explicam como viagens frequentes de avião podem aumentar risco de câncer
Especialistas explicam como viagens frequentes de avião podem aumentar risco de câncer (Foto: Gerrie Van Der Walt/Unsplash)

Viagens aéreas têm se tornado cada vez mais comuns, tanto para viagens de negócios quanto de lazer. No entanto, estamos expostos a baixos níveis de radiação quando voamos. Isso pode prejudicar a saúde? Veja o que os especialistas têm a dizer.

+ Casal promove festa de casamento dentro de trem em Nova York
+ Vídeo: passageiras trocam socos e jogam cadeiras em cruzeiro pelo Caribe

De acordo com o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) dos Estados Unidos, essa quantidade de radiação que somos expostos durante as viagens de avião é menor que a quantidade de radiação que recebemos de uma radiografia de tórax.

A radiação das viagens aéreas vem da radiação do espaço, que é produzida pelas estrelas, incluindo o nosso próprio sol. Durante uma viagem de avião, um passageiro estaria exposto a cerca de 0,035 milisieverts (mSv) de radiação cósmica se voasse da costa leste à oeste dos Estados Unidos.

“Durante o ano um ser humano pode acumular até 3 mSv de radiação. Acima de 100 mSv em 5 anos ou mais de 50 mSv em 1 ano, o risco de leucemia aumenta de forma perceptível”, explicou Vivian Milani, radiologista da Fundação Instituto de Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem (Fidi), à UOL.

Segundo Daniel Gimenes, oncologista do Centro Paulista de Oncologia e do Grupo Oncoclínicas, a exposição muito longa à radiação cósmica pode aumentar o risco de câncer. “Foi observado em estudo de 2015 um aumento do risco de melanoma e, em outro estudo, de 2018, em comissários com mais de 20 anos de trabalho (80% mulheres), o dobro de risco para câncer de mama”, disse ele à UOL.

A radiação cósmica de um voo, que pode ser comparada à que recebemos durante uma radiografia de tórax, é capaz de alterar o DNA e predispor surgimento de câncer e malformações, de acordo com uma pesquisa da Universidade do Colorado publicada em 2017.

Com isso em mente, uma pessoa que raramente viaja de avião e não faz voos muito longos provavelmente não tem motivos para se preocupar. Mas, quem voa com muita frequência, especialmente sobre os polos e durante tempestades solares, deve tratar o assunto com seriedade.

Back to top